Por Eguinaldo Hélio de Souza
Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, por que você duvidou?” (Mateus 14.31)
Sei que você confia no Senhor. Do contrário, não estaria aqui lendo essas linhas. Se não confiasse no Senhor sequer dobraria os joelhos para buscar a Ele. Você só o busca porque um dia O encontrou. Só quem O conhece O deseja ainda mais.
Ainda assim, sua confiança caminha carregando o medo e a ansiedade. Suas certezas são marcadas de incertezas. Você o invoca, mas não descansa Nele, você ora e retorna com as mesmas ansiedades. Você sabe que sua vida é totalmente Dele e mesmo assim ainda teme o amanhã. Apesar de tantas coisas sobrenaturais que Ele fez em sua história, você olha tudo com os olhos naturais. Sua vida está escondida com Cristo em Deus, enquanto você vive nesta terra como se a ela pertencesse.
Você crê e desconfia, você ora e não descansa, você clama e ao mesmo tempo tenta resolver todas as coisas como se elas estivessem em suas mãos. Você sabe que Ele é o Onipotente e questiona se realmente Ele fará. Você sabe que Ele é o Onipresente e se sente em solidão. Sabe que Ele é o Onisciente e pergunta se Ele ouviu sua oração.
Este misto de certeza e incerteza é a luta do Espírito contra carne, da Palavra contra o mundo, do novo contra o velho homem. Nesta terra decaída e nesta vida corrompida a batalha não tem fim. Só morrendo é que se vive e diminuindo é que se cresce. Menos de nós e mais Dele, menos mundo e mais Palavra, menos carne e mais Espírito.
Sua voz nos chama sobre as águas e no meio do caminho sopra o medo e nos afunda. Nosso olhar não está mais Nele, a forte dúvida nos faz submergir. E ainda assim seu braço estende e nos mostra que as nossas limitações jamais mudarão quem Ele é. A força do seu braço nos levanta e a voz da Sua Palavra nos fará chegar onde convém.
Nesta terra decaída, cada dia nos será uma lição de confiança. Mesmo afundando e caindo aprenderemos cada vez um pouco que vale a pena confiar no Senhor.