Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; ele muda os tempos e as horas… (Daniel 2.20)
Em nossa mente, quando o calendário muda, algo também muda para nós. É uma sensação legítima de que um ciclo terminou e outro começa. Nossa tendência é colocar a esperança nesse novo ciclo. Nossa confiança se renova e se volta para o ano que inicia. Isto não é de todo ruim, pois esperança e confiança nunca são ruins. Todavia, isto não basta.
O tempo é apenas a tábua onde Deus escreve Sua história através da nossa. É menos que matéria prima. É o espaço onde o Todo Poderoso fará sentir seu poder e onde Ele manifestará Sua glória. Não é o tempo que mudará alguma coisa em nossa vida. É o Deus do tempo e da história. Infelizmente, o mesmo tempo no qual coisas boas e maravilhosas acontecem, também é o mesmo no qual ocorrem as grandes tragédias, os grandes dramas e as dores sem fim. E o calendário nada mais é do que uma testemunha fria e muda de tudo o que tem lugar em nossas vidas. Nele não está nossa esperança.
Nosso Deus, contudo, é o Deus de tudo. Em Suas mãos estão nossos anos, horas e dias. Cada instante é Dele. Nenhuma circunstância escapa ao Seu olhar, nenhuma atividade se afasta de Seu braço forte. É sobre uma Pessoa que lançamos as nossas ansiedades, uma Pessoa Viva e Poderosa. Não sobre o simples fluir do tempo. Nossa confiança está em Deus.
Não saudamos o ano novo, saudamos o Deus que está nele. Esse Deus para quem passado, presente e futuro são a mesma coisa. Esse Deus ilimitado que se fez homem limitado para nos salvar. O Deus Eterno entrou no tempo para nos trazer a eternidade e na história fundiu o infinito com o finito, o passageiro com o sem fim. Por isso cada ano novo tornou-se para nós um presente Dele.
Diante disso só podemos dizer como o salmista: “Ó Senhor, Tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração… de eternidade a eternidade Tu és Deus” (Salmo 90.1, 2).