Guerra Fria Não é Comunhão

 

Man standing on rock formation

Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (1 João 1.3)

Relacionamentos sem conflitos nem sempre indicam comunhão. Muitas vezes não passam de indiferença, de estratégia “política” ou mesmo de uma trégua prudente. Não há brigas, contendas ou atritos. Só há o silêncio insosso e insípido. As pessoas convivem interagindo o mínimo possível, no esforço de evitar choques. Quem observa esse ambiente pacífico o julga saudável e suficiente. Uma paz ruim é sempre melhor do que uma boa guerra.

Todavia, essa não é a comunhão que Deus deseja encontrar entre o seu povo. Isso não representa o ideal divino de irmãos vivendo em união, que é “como o óleo precioso que desce sobre a barba, a barba de Arão…” (Salmo 133.2). Por melhor que aparente ser, não é união. Trata-se de pessoas caminhando lado a lado, evitando o menor toque. Isso impede tumultos, mas não produz comunhão, não atrai a bênção de Deus, não é “como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião, onde o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre” (Salmo 133.3)

Mesmo que eu não brigue com meu irmão em Cristo, isto não significa que eu o amo. Não significa que nossas vidas estão ligadas em um só Espírito, que o Espírito de Deus flui entre nós como em um só Corpo. Quer dizer apenas que me isolei dele o suficiente para caminhar ao seu lado sem que nossas almas se toquem. Somos lagartas em nossos próprios casulos e não sangue e vida do Corpo de Cristo.

Nós já experimentamos muitas vezes o que Deus pode fazer quando ele encontra um grupo, pequeno ou grande, que tem não apenas comunhão com Ele, mas comunhão uns com os outros. Então o Espírito opera, flui e faz sentir sua presença. O que dois ou três verdadeiramente concordam, o Pai verdadeiramente faz.

Precisamos de perdão, amor fraterno e comunhão. Estar não apenas reunidos, mas unidos em só coração e espírito. Não apenas ajuntados, mas unificados em amor, Naquele que nos chamou para andar Nele.

“… para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.” (1 João 1.3)


 Naquele Dia

 

“… e só o SENHOR será exaltado naquele dia” (Isaías 2.11)

Naquele dia todas as nossas perguntas terão suas respostas e todos os nossos anseios encontrarão alívio. Nossas dores chegarão ao fim e as milenares promessas terão em nós o seu sim. Toda lágrima será enxugada e toda maldição será anulada. As trevas serão para sempre e completamente dissipadas pela luz, o mal já não será e Deus será tudo em todos.

Naquele dia todas as promessas serão cumpridas, revelando a cada um de nós o quanto valeu a pena crer, esperar e sofrer. O futuro justificará nosso presente e dará a ele um valor que não conseguimos ver agora. Lamentaremos não ter feito mais para Ele, não ter dado mais a Ele, não ter sido melhores Nele. Veremos quão pequenas foram as nossas expectativas diante da realidade revelada. Todas as nossas maiores bênçãos serão como nada diante do Abençoador.

Naquele dia o mundo saberá que há um só Deus, Soberano e Senhor sobre todas as coisas. Verão com tristeza que nenhumas de Suas advertências eram palavras em vão. Saberão que tudo o que sabem são ignorância e escuridão diante Daquele que habita na luz inacessível. Reconhecerão que suas negações não puderam anulá-Lo e que todas as suas fugas não puderam escondê-los dos olhos Daquele para quem todas as coisas estão nuas e palpáveis (Hebreus 4.13).

“Então se verá outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não serve a Deus” (Malaquias)

Naquele dia todo o mal será punido e todo bem será recompensado. Não haverá espaço para relativismos e nenhuma filosofia humana estará confortável. Só a verdade Deus triunfará. Sábios se perceberão tolos e muitos tidos por tolos verão quão real é o fato de que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria.

Naquele dia, a glória de Deus e de Seu Filho resplandecerá para sempre como o brilho de todas as estrelas juntas. A realidade da Sua presença, suplantará todas as realidades e o conhecimento da Divindade será percepção permanente. Toda oposição a Ele, toda resistência a Ele será quebrada para sempre e a morte será morta. Só o Senhor será exaltado naquele dia e Deus será tudo em todos (1 Coríntios 15.28)