Somos Peregrinos

 

..andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação… (1 Pedro 1.17)

Não se esqueça: somos peregrinos. Este mundo não é o seu destino, este tempo não é o seu alvo. Toda aflição e todo sucesso aqui experimentado tem um prazo de validade. E um prazo de validade muito curto. A eternidade nos espera. Jamais devemos nos desesperar ou nos iludir com as coisas desta vida, a ponto de esquecer o que realmente importa. É tolice colocar nossos corações naquilo que perece, enquanto temos promessas de coisas que sempre duram.

O padrão de medida desta era não serve para nós. Nossos valores vêm da eternidade. É lá que tudo será compreendido com clareza. É lá que o verdadeiro valor de nossa vida será revelado. Se esquecemos isto, então já estamos caminhando sem meta.

Nossa vida nesta terra não precisa ser ruim, mas não podemos esquecer que ela não é a única e nem mesmo mais importante. A vida de qualidade não é a que pode ser chamada boa pelos padrões terrenos, mas a que permanecerá para sempre na presença de Deus.

Miramos na eternidade. Nosso alvo é Canaã. Já não somos quem éramos, mas ainda não somos o que seremos. Rompemos com o passado, e, no entanto, ansiamos por um futuro que nos move a caminhar. Olhamos para frente, pois lá está nossa morada.

É esse senso que transforma nossos passos nesta terra. Vivemos em um mundo que vê o agora como derradeiro e por isso só se preocupa com as coisas desta terra. Estamos cercados por pessoas que não temem a colheita do amanhã e por isso semeiam ervas amargas onde passam. Não ajuntam tesouros nos céus e, portanto, viverão a eternidade no vazio.

Se perdermos nosso alvo, também perderemos nosso caminho. Sem esperança no amanhã, não há esperança para o hoje. Já morremos e nossa vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3.3). É tolice ter o coração preso a uma terra que não é nossa. Somos peregrinos e por isso nossos olhos se dirigem para o além.

Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno (2 Coríntios 4.16-18)

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