Por Eguinaldo Hélio
Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera. (Tiago 5.7)
Quanto tempo nós precisamos esperar até que a semente brote e dê frutos? Uns dias, meses, anos? Depende do fruto que esperamos. Depende do solo. Depende de fatores que estão fora de nosso controle. Não temos poder para fazer nascer. Só temos poder para escolher continuar semeando, ainda que o desafio da demora fez muitos desistirem.
Algumas das nossas orações terão respostas imediatas. Outras, talvez, só serão respondidas após a nossa partida. Algumas de nossas palavras darão fruto em pouco tempo. Outras vezes nossa pregação terá que aguardar anos, até décadas, antes que possamos ver os resultados. Nem sempre nossas ações de amor e bondade na vida de nossos filhos, de nossos irmãos em Cristo e das pessoas ao nosso redor terão pronta gratidão e retribuição. Nem sempre o reconhecimento é imediato.
Ainda assim, somos desafiados a continuar semeando. Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas. (Eclesiastes 11.6)
Perseveraremos em oração, mesmo sem nuvens de respostas no horizonte. Pregaremos, mesmo quando só tivermos ouvintes indiferentes. Amaremos, mesmo que a frieza predomine ao derredor. Aquele que nos mandou semear, nunca disse que seria fácil.
Em alguns momentos nós nos perguntaremos se está valendo a pena o nosso amor. Em outros, choraremos diante de tanta indiferença. O silêncio divino nos fará duvidar da eficácia da oração. E ainda assim, o tempo tem mostrado que os que semeiam em lágrimas colhem com alegria (Salmo 126.5, 6).
É bem provável que muito do fruto do nosso esforço só poderá ser visto na eternidade. Por isso, não queremos estar com os que retrocedem. Queremos crer até o fim, lutar até o fim, semear até o fim. Dentro de nós o Espírito grita que a nossa obra tem uma recompensa e que a demora das respostas jamais devem nos impedir de caminhar.
Há um Deus no final desta jornada e Ele diz que a nossa obra não é vã no Senhor.