Por Eguinaldo Hélio de Souza
Um dia, quando Eliseu chegou, subiu ao seu quarto e deitou-se. Ele mandou o seu servo Geazi chamar a sunamita. Ele a chamou e, quando ela veio, Eliseu mandou Geazi dizer-lhe: “Você teve todo este trabalho por nossa causa. O que podemos fazer por você?” (2 Reis 4.11-13)
Ó Deus, fonte de todo bem e de toda vida, não permita que sejamos abençoados e não abençoar, instruídos e não ensinar, enriquecidos e não compartilhar. Que cada bondade recebida nos torne desejosos de retribuir. Jamais nos permita receber sem doar.
Que os gestos de graça que temos recebido de cada pessoa, gere em nossos corações um desejo intenso de retribuir. Que a gratidão seja nosso respirar.
Não sejamos nós como tanques que recebem a chuva e a retém somente pra si. Que sejamos o rio por onde flui Teu amor, Tua sabedoria, Tua graça, Tua unção. Que fiquemos incomodados e inquietos enquanto não expressarmos a Ti e a todos os nossos abençoadores a devida gratidão.
Só vale ser cheio de Ti se for para compartilhar-Te. Não queremos apenas beber das tuas fontes. Queremos nós mesmos ser fontes que jorram para vida eterna (João 4.14; 7.38).
Que darei ao Senhor por todos os benefícios que Ele me tem feito? (Salmo 116.12)
Unge os nossos olhos com o Teu colírio para que possamos ver a graça, a beleza e a bondade do Teu coração manifestados em nós. Que o amor produza amor, a bondade, bondade e a graça, graça.
Sabemos que nem tudo é bom neste nosso mundo decaído. Nem todos são bons nesta terra de seres corrompidos. E mesmo os bons não o são o tempo todo. Sabemos que há muita maldade, escuridão e dor ao redor.
E justamente por isso é necessário que cada boa semente seja multiplicada e se transforme em pomar. A água da vida precisa fluir nesta terra seca. Todo Teu bem em nós precisa tornar-se um rio que flui e se transforma em fluxo abençoador, trazendo vida por onde passar. Fomos chamados a ser sal saboroso e luz iluminante em um mundo insípido e escuro. Tua graça não é apenas para nós, mas é através de nós.
Que nada do que recebermos, seja direto de Tuas mãos ou através de outras, se estagne em nós. Que tudo flua, que tudo jorre, que tudo avance, movido pela gratidão e pelo reconhecimento de que “tudo vem de Ti, e nós apenas demos o que vem das Tuas mãos”. (1 Crônicas 29.14)