Por Eguinaldo Hélio de Souza
“Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem. Ele muda as épocas e as estações” (Daniel 2.20, 21)
É muito bom ter renovadas as esperanças, comprometer-se novamente com coisas boas, acreditar em um amanhã melhor. É bom clamar a Deus por nosso futuro, pois todo ele está em Suas mãos Onipotentes. Ele é o nosso Deus e por nossa fé Nele estamos em pé. Ainda assim, não podemos confundir o Deus do Futuro com o mero calendário. Nossa fé se apoia nas verdades reveladas por Ele, não em superstições vãs criadas pela mente humana.
Deus não precisa da mudança de calendário para trazer suas transformações em nossa vida. Não é o tempo que determina suas ações. São as ações Dele que determinam os tempos e as estações. O tempo não muda Deus. Deus muda tudo. Nele deve estar nossa esperança e não nas alterações do calendário. Não confiamos no amanhã como se esse fosse um ser onipotente cujos planos nós seguimos. Deus é o nosso amanhã e é Nele que confiamos.
Também não devemos nos iludir como se o futuro que traz sorrisos, também não trouxesse lágrimas. O amanhã chegará com momentos de paz, mas também nos trará a guerra. Riremos e choraremos; cairemos e levantaremos; ganharemos e perderemos. Receberemos porções maravilhosas da graça divina e repreensões severas sem as quais não ajustamos os nossos caminhos. Em alguns momentos sentiremos Sua força nos levantando e guiando. Outra vezes sentiremos nossas limitações e o silêncio Dele afligirá a nossa alma. Dia e noite, calor e frio, sol e chuva, amor e dor. Assim tem sido e assim será enquanto caminharmos neste mundo.
Deitaremos em verdes pastos e águas tranquilas, mas também empunharemos a espada para lutar contra nós mesmos, contra o mundo e o inimigo. Cantaremos louvores de triunfo e choraremos escondidos de joelhos na quietude de nossos quartos. Vacilaremos em nossa fé, mas também a ergueremos diante da Palavra Fiel que vem Dele.
Temos que aprender a elevar a nossa alma até Seu Trono, que não pode ser abalado e nem sujeito àquilo que é passageiro. Devemos lutar neste mundo, mas ter os olhos no alto, pois a âncora só funciona quando firmada naquilo que permanece. E tudo passa. Ele permanece para sempre.