“Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica” … (2 Timóteo 4.10)
Não basta um encontro abençoado com Deus em algum momento de nossas vidas. Não basta nem mesmo anos ou décadas servindo ao Senhor. Nem ainda um ministério muito frutífero por um bom período de nossas vidas é o suficiente. Precisamos chegar bem até o fim. Precisamos terminar com êxito nossas carreiras. Não podemos permitir que o tempo destrua nossa relação com Deus ou que as circunstâncias ao longo dos anos queime nossas raízes e mate nossos frutos. A missão de Deus em nossa vida não tem prazo de validade. Nosso contrato com o Reino é permanente. A vida de Cristo em nós é eterna e eterna deve ser nossa frutificação.
Não nos alegra ver nas Escrituras pessoas que começaram sua caminhada de modo tão maravilhoso e terminaram de forma tão angustiante. Quem não fica perplexo diante da atitude de Salomão em seus dias finais? Nós nos recusamos a acreditar que tanta sabedoria não lhe acompanhou até o túmulo. E Judas? Como pode cometer tal vileza depois de tantos anos com o Mestre? Com certeza não foi culpa do Semeador e muito menos da semente. O solo era realmente ruim.
Quem nos alegra são os que perseveram até o fim. Combateram seu bom combate, acabaram suas carreiras e guardaram sua fé. Morreram amando a Deus com o mesmo amor que O haviam amado desde o início. Serviram a Ele com a mesma força, o mesmo zelo, o mesmo ânimo, até o fim. O tempo não apagou de seus corações o fogo que fora aceso pelo próprio Deus. Suas vidas terrenas terminaram, mas a chama delas continuou a arder após suas mortes. Eles terminaram bem. E nós podemos.
O espírito não é como a matéria. Esta com certeza se corromperá com a idade, enquanto nosso interior pode se tornar mais forte a cada ano. “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia” (1 Coríntios 4.16).
Aquele que começou em você a boa obra é poderoso para aperfeiçoá-la até o dia de Jesus Cristo. A graça que alcançou você é a mesma que o levará frutífero até o fim.