Por Eguinaldo Hélio
E disse o SENHOR: Tiveste compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer; que, em uma noite, nasceu e, em uma noite, pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive. (Jonas 4.11)
Vivemos em épocas nas quais as coisas valem muito mais do que as pessoas, onde mata-se por um objeto e onde o ser humano ignora completamente o que é um ser humano. Estamos como Jonas: choramos e desejamos a morte por causa de um pé de abóbora, enquanto odiamos até a morte uma cidade inteira. Como os discípulos, nós já não sabemos de que espírito somos. (Lucas 9.55).
Jesus veio busca e salvar o perdido. E nos mandou fazer o mesmo. Mas as coisas desta vida, a ambição das riquezas e os prazeres deste mundo têm embotado nosso coração. Já não se fala em ganhar almas, não se ama mais os perdidos, coisas sem fim ocupam nossa mente. Estamos vivendo e nos frustrando ao redor de nossas aboboreiras e chorando raramente ou quase nunca por pessoas, imagens de Deus que perecem e perecem eternamente. Nosso pecado tem sido o pecado de dez Jonas. Vivemos no aboboral ao lado de um mundo que caminha para a destruição e só temos olhos e coração para ele.
A estrutura do universo não mudou. Permanece a mesma que um dia foi revelada nas Escrituras. Um perdido é um perdido eterno. Um não salvo será um não salvo para sempre. O Caminho, a Verdade e a Vida não mudaram de nome – ainda é Jesus.
Não basta sair da boca do peixe. Não basta atravessar a cidade cumprindo uma obrigação. Não basta uma obediência externa se nosso coração não é movido com a compaixão de Deus. Se for assim, logo nossos pés se embaraçarão em qualquer coisa no caminho e iremos permanecer indiferentes à necessidade de salvação das almas ao nosso redor.
Um hino antigo precisa falar novamente ao nosso espírito para que não apenas nossos atos mudem, mas para que nossa mente seja transformada:
Irmão, você sabe o valor que tem uma alma? / Nem todos recursos humanos poderiam pagar! O dinheiro, a prata e o ouro do mundo inteiro É pouco demais pro valor de uma alma poder comparar.