Oração de Marta

Por Eguinaldo Hélio de Souza

Perdoe, Senhor, a minha tolice, minha imaturidade, minha falta de sabedoria. Perdoe-me por pensar que minha correria vale mais que minha oração, que minha fadiga vale mais que meu louvor, por pensar que correr em teu nome é o mesmo que amá-lo. Quantas vezes eu te amei pelo que Tu podias fazer por mim ao invés de amar-te por quem Tu és. E por causa disso eu pensava que querias não a mim, mas meus serviços. Quanto engano.

Corri para agradar-te quando devia aquietar-me e ouvir-te. Fiz bolhas nas mãos e nos pés quando deveria ter calos nos joelhos.  Querias os meus ouvidos e meus olhos em Ti e não tiveste, por isso não tiveste também meu coração. Eu estava ocupada demais para reconhecer, como fez minha irmã, que aquele tempo era especial.

Sempre critiquei os que não se agitavam como eu. Sempre reclamei daqueles que viviam de joelhos e pareciam produzir tão pouco. Nunca percebi que o brilho de seus rostos e a unção de suas vozes faziam muito mais do que meu cansaço. Eram fruto do tempo que gastavam contigo. Falava de sua oração sem ação quando o meu problema era minha ação sem oração. Eles moveram Tua mão, que moveu o mundo, ao passo que eu movi apenas a minha própria e fraca mão. Muito fiz, pouca coisa transformei.

De que vale meu serviço sem comunhão contigo? Minha agitação sem adoração? O preço de Tua glória é nosso tempo em Tua presença, tempo que não paguei, tempo que eu disse não ter, tempo ao qual não dei valor porque acreditava que toda minha correria podia substituir a capacitação que vem de Ti. Tolice, tolice, tolice.

Sei que há tempo para todo propósito. Sei que há momentos para agir, para fazer, para realizar em Teu nome e para tua glória. Só não percebi que esses momentos, quando excessivos e indevidos, roubam os momentos preciosos de estar em tua presença para adoração, comunhão, oração.

Eu devia ter parado naquele dia, naquela hora, naquele instante. Tu estavas ali me esperando, mas eu não estava à Teus pés. Tinhas palavras preciosas para o meu coração, mas eu não tinha ouvidos para elas. Eu precisava de tanto e esse tanto estava em Ti. E eu estava longe, com minha mente e meu coração. Era o tempo de Tua visitação e eu não a aproveitei.

Quantos momentos preciosos como esses eu perdi? Quantas vezes minha ansiedade me levou à agitação ao invés de me levar aos Teus pés? Quantas vezes o orgulho pelos resultados do que fiz por Ti, me afastou de Ti mesmo e me deixou sozinho comigo?

Perdoe-me Pai, por não ouvir-Te quando me falavas, não receber o que me davas e não enxergar-Te quando de modo maravilhoso querias revelar-Te a mim. Perdoe-me por substituir a oração pela agitação e por não desejar como Maria a melhor parte que ninguém pode tirar.


 Oração de Entrega

Entrego o meu caminho ao Senhor, confio Nele, pois Ele tudo fará (Salmo 37.5)

Dou a Ele a minha agenda

Confio a Ele todos os meus dias

Todos os meus passos

Todos os meus planos

Cada uma das minhas decisões

Não sou meu, sou Dele

Estabeleça Ele meus compromissos

Feche e abra minhas portas

Leve-me para onde devo ir

Apresente-me a quem devo conhecer

Tenha Ele os meus pensamentos e o meu sentir

Que eu ore Suas orações

Que eu fale Suas palavras

Que eu decida Suas decisões

Não sou nada e nada tenho que não seja Dele

Tudo é Dele

Meu Senhor, Salvador, Libertador, Supridor, Condutor, Capacitador

 

Meu Deus, meu amor! Vós sois todo meu, e eu todo vosso!

(Tomas de Kempis)

Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória pois a Ele eternamente! (Romanos 11.36)


 Olhos Abertos

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Quando se trata de realidades espirituais é muito fácil não enxergar o que está diante de nós. Sobre os discípulos nós lemos que “seus olhos estavam como que fechados” (Lc 24.16). Não foram capazes de reconhecer o Senhor que a caminhava ao seu lado. Nós não somos muito diferentes.

Quando Hagar foi mandada embora por Abraão ela se deitou debaixo de um arbusto para morrer, pois a água de seu odre havia acabad o. Então Deus lhe abriu os olhos, e ela viu uma fonte. Foi até lá, encheu de água a vasilha e deu de beber ao menino (Gn 21.19). Havia água abundante, mas ela não a viu. Assim há muitos morrendo juntos às fontes de Deus sem enxergá-las.

Também quando Balaão tomou o rumo em direção à terra de Canaã o Anjo do Senhor se pôs no caminho para matá-lo, pois ele estava sendo movido por ganância e maus sentimentos. Até a mula que estava sob ele viu o Anjo enquanto ele mesmo não o viu. Até que seus olhos foram abertos e ele pode ver o perigo que estava correndo. Então o SENHOR abriu os olhos de Balaão, e ele viu o Anjo do SENHOR parado no caminho, empunhando a sua espada. Então Balaão inclinou-se e prostrou-se, rosto em terra (Nm 22.31). Com olhos vendados há muitos seguindo um caminho de destruição.  

Até mesmo a Palavra de Deus pode permanecer um livro fechado para nós. Muitos são aqueles que a lêem, mas é como se não tivessem lido. Seu entendimento permanece fechado e eles não são influenciados pelas Escrituras. É como se Deus nada lhes falasse através delas. É preciso que os olhos do nosso entendimento sejam abertos e a luz de Deus em suas páginas ilumine nossos passos e oriente nossa caminhada. Assim foi com os  discípulos. Então [Jesus] lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras. (Lc 24.45). Por isso a oração do salmista “Abre meus olhos para que eu compreenda as maravilhas de tua lei” (Sl 119.18) tem de estar sempre em nossos lábios.

Que o Senhor abra os nossos olhos para bebermos de suas fontes, desviarmos nossos pés da morte e vivermos à luz da sua Palavra.


 Obrigado Mãe

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

… até que eu, Débora, me levantei. Levantei-me como uma mãe em Israel… (Juízes 5.7)

 

Obrigado mãe, por ser quem você é, por fazer o que você faz, por dizer o que você diz. Nem sempre aceitei você, nem sempre compreendi suas ações, nem sempre acolhi suas palavras. No entanto eu sei que foi você, com suas ações e palavras que me fizeram chegar até aqui.

Foi você que me animou tantas vezes, me consolou tantas vezes e que tantas vezes me repreendeu para que eu voltasse para o caminho certo. Foi você quem fez de mim o que sou hoje e se venci, não venci sozinho. Minha vitória é sua também.

Obrigado mãe, por ter me ajudado, mesmo sem me entender, por ter me falado, mesmo quando eu não queria ouvir. Obrigado pelas orações silenciosas e secretas que levaram o meu nome à presença de Deus. E se hoje estou em Deus é porque seu clamor me levou até Ele.  Graças a essas orações eu resisti às tempestades, eu me mantive no caminho, eu venci.

Sei que muitas vezes você chorou para que eu pudesse sorrir, você não dormiu para que eu pudesse  descansar, você lutou para que eu pudesse vencer. Inúmeras vezes você esqueceu-se de si mesma para se lembrar de mim, deixou de ser você para que eu pudesse ser eu.

Nem sempre fui grato, nem sempre devolvi o amor recebido, nem sempre compreendi esse amor. E ainda assim você não desistiu de mim, não esqueceu de mim por um só segundo.

Quantas vezes caído você me levantou, quantas vezes triste você me alegrou, quantas  vezes  olhando para você  eu achei força.

Jamais poderei agradecer o suficiente, nem a você nem a Deus, nem com palavras, nem com ações todas as coisas boas semeadas em meu coração. Sua herança em mim vale mais do que todo ouro e toda prata do mundo.

Poderei apenas, mais uma vez neste dia, dizer obrigado minha mãe. Obrigado por que você não apenas me carregou em seu ventre por alguns meses. Você me carregou em seu coração por toda vida. Só posso dizer: Deus a abençoe, hoje e sempre, minha mãe.


 O Teu Ressentimento é Justo?

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

E disse o SENHOR: É razoável esse teu ressentimento? (Jonas 4.4)

A pergunta que Deus estava fazendo a Jonas é a mesma que provavelmente Ele fez a nós muitas vezes através do Seu Espírito, embora não tenhamos escutado: É justo o nosso rancor?  É correta a ira que estamos sentindo? Há mesmo razão para essa raiva tão grande em nós?

Jonas respondeu que sim, e então Deus deu a ele uma demonstração de como seu ressentimento não tinha lógica, não era razoável. Ele estava irado com o perdão de Deus aos ninivitas, estava inconformado com a misericórdia divina sobre eles. Por isso havia fugido de Deus, recusando-se a obedecer. Ele preferia ser lançado nas águas profundas a ter de olhar nos olhos aqueles que ele julgava dignos de morte. Nada a não ser o castigo era a porção merecida deles.

Deus fez outro milagre além dos que havia feito até ali. Deus fez surgir uma planta, que alegrou o coração de Jonas por algum tempo. Quando a planta morreu o profeta voltou a ficar indignado. A morte de uma planta o perturbou, mas a possibilidade da morte de milhares de pessoas em nada o incomodou.

Temos nos deixado abalar por coisas pequenas, enquanto questões importantes não nos interessam. Temos coado muitos mosquitos e engolidos muitos camelos. Nosso coração tem sido dominado por sentimentos que jamais deveriam estar ali. Defendemos intensamente esses sentimentos ruins, enquanto no fundo sabemos que eles são errados. Ciúmes, inveja, orgulho, medo, raiva têm sido muitas vezes a nossa motivação.

Jonas deve ter parecido ridículo ao chorar por uma aboboreira ao mesmo tempo em que amaldiçoava uma cidade inteira. Tenho certeza que muitos já olharam para trás e viram quão tolos foram muitos dos seus ressentimentos.

De certo ponto de vista, a história do livro foi a tentativa de Deus de fazer com que o profeta alinhasse os seus sentimentos e pensamentos com os Dele.

Esse é o propósito divino: harmonizar nosso coração com o Dele. Quando nossos sentimentos ruins são removidos, então o Senhor pode dispor plenamente de nossas vidas para Sua glória. Remove Senhor, as pedras de nosso interior.


 O Sutil Chamado de Deus

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Muitos estão esperando o impacto de profetas trovejantes ou sarças ardentes que nunca virão. Enquanto isso se mantém surdos à voz do Espírito que já lhes tem falado tantas vezes. Não entendem que a certeza é fruto da fé no invisível, é o resultado da obediência a um chamado que só quem recebeu conhece. A grande maioria dos que partiram em obediência, ouviram a Voz no mais íntimo de seu ser, no santo dos santos do seu coração.

Cheguei a Jerusalém e, depois de três dias de permanência ali, saí de noite com alguns dos meus amigos. Eu não havia contado a ninguém o que o meu Deus havia posto em meu coração… (Neemias 2.11, 12).

As notícias sobre a situação de Jerusalém e da Judeia, trazidas por Hanani, abalaram o espírito de Neemias. Ele foi de tal modo tocado, de tal modo comovido, que logo estava de joelhos, em jejum, buscando saber a vontade de Deus. Assim, ele renunciaria sua posição de destaque no governo Persa para atender um chamado superior. Não lhe era mais possível continuar onde estava (Neemias 1).

Muitas vezes pensamos que são os nossos desejos, mas são os desejos Dele. Achamos que estes pensamentos são fruto de nossa empolgação e na verdade nasceram da Sua Presença em nós. E estes sentimentos certamente não foram produzidos pela nossa natureza decaída. São as paixões do Cristo que vive em nós. Assim é o sutil chamado de Deus.

Todas as grandes realizações feitas em Deus, um dia estiveram ocultas. Antes que uma missão se tornasse um feito visível, esteve invisível no coração de alguém. E antes de se tornar invisível no coração de alguém, já esteve escondida no coração de Deus. É em nossa comunhão com Ele que os propósitos Dele são compartilhados e se tornam nossos. Nossa resposta a esses projetos, torna-os tangíveis aqui neste mundo.

Sim, podemos nos enganar, achando que é Dele o que na verdade procede de nosso coração. Entretanto, da mesma maneira podemos nos enganar, achando que seu chamado em nós não passa de cogitações humanas. Este é o desafio. Ele jamais nos dará um caminho para ser trilhado com base na razão humana. O justo viverá da fé e somente pela fé poderá percorrer a carreira que lhe está proposta.


 O Que Move Você?

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Por que você vai ao culto? Por que você canta, por que você dança, por que você prega? Por que você faz o que faz para Deus? O que move você? Sobre Simeão é dito que ele “movido pelo Espírito foi ao templo” (Lucas 2.27).

Todos nós precisamos de motivação, todos nós precisamos de elementos, externos e internos que nos impulsionem em direção ao Senhor. Do contrário, vamos parar. Glória a Deus pelas pessoas que Ele colocou em nossos caminhos. Glória a Deus por atividades dentro da igreja que nos despertam o interesse de estar ali. Glória a Deus por pregadores, ensinadores, cantores e ministérios diversos que fazem com que nosso coração esteja desejoso de servi-Lo e amá-Lo.

No entanto, se dependemos apenas de fatores externos para continuar seguindo ao Senhor, temos que nos preocupar. Pois muitas das pessoas que hoje nos estimulam podem não estar presentes amanhã. Muitas atividades que agora nos interessam podem deixar de existir. Todo fator externo a nós pode cessar a qualquer momento e não temos domínio algum sobre eles. Ainda que precisemos de tudo isso, esses estímulos não são suficientes. Precisamos de um impulso dentro de nós que nos faça avançar, que nos faça persistir, que nos leve adiante mesmo quando não existe nenhum impulso externo, ou melhor, mesmo que exista oposição.

Foi por esse motivo que Deus nos deu seu Espírito Santo. Foi para mover a nossa vida e nos estimular a partir de dentro que Ele derramou seu Espírito sobre toda a carne (Atos 2.17).  O Espírito Santo habita em você. E entre as muitas finalidades de sua habitação em nós está o poder para nos pôr em pé e para nos pôr em movimento. Se você é um filho ou um filha de Deus com certeza será movido pelo Espírito de Deus. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Romanos 8.14)

Ele está em você / O Espírito Santo se move em você / Por isso levante e cante / Exalte o Senhor.

Deixe o Espírito de Deus impulsionar sua vida para a adoração, para o serviço, para tudo o que fizer pelo Senhor. Deixe-O ser dentro de você a fonte que jorra para a vida eterna (João 4.14)


 O Que Há Comigo?

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Os meninos se empurravam dentro dela, pelo que disse: “Por que está me acontecendo isso?” Foi então consultar o SENHOR. (Gênesis 25.22)

 

Nosso interior é um mundo. Dentro dele há inúmeros pensamentos, desejos, emoções. Há ideias erradas, há conflitos inexplicáveis, há razões que a própria razão desconhece. Há feridas do passado e do presente, esperanças que nos mantém de pé, propósitos múltiplos. Tantas coisas acontecem em nossa alma e boa parte nem sabemos explicar.

Até tentamos compreender e avaliar o que está acontecendo conosco, mas raramente atingimos o alvo. Não entendemos porque estamos tristes se está tudo bem e porque nos sentimos solitários se há tanta gente ao nosso redor. Não sabemos a razão da nossa raiva, do nosso medo, da nossa ansiedade. Só Deus conhece plenamente nossa vida interior.

SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. (…) todos os meus caminhos são bem conhecidos por ti. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces (Salmo 139.1-4).

Muitas vezes culpamos outros pela dor inexplicável que nos atinge. Ou nos acusamos por aquilo que sentimos quando o próprio Deus não nos acusa. Ou nós nos desculpamos por sentimentos que precisam ser removidos. Ficamos confusos.

Temos que nos voltar para Ele. Precisamos olhar para cima para compreender o que nos acontece por dentro. Como fez Rebeca, temos que consultar ao Senhor para entender a razão do conflito que está em nós. Há especialistas que até podem nos ajudar, mas nenhum deles nos conhece mais do que o nosso Criador, nem um deles tem acesso tão completo à nossa alma.

“Por que está acontecendo isso?”. Deus tem a resposta, mas muitas vezes não fazemos a pergunta. “Clama a mim e responder-te-ei” (Jeremias 33.3). Ele nada nos dirá, nada nos responderá se não clamarmos. Nosso silêncio perante Ele se transforma no silêncio Dele em nós.

Volte-se para o Senhor com suas lutas interiores, com as aflições de sua alma que ninguém conhece. Ele tem uma resposta pra você. “Porque em ti está o manancial da vida; na Tua luz veremos a luz”. (Salmo 36.9)


 O Que Deus Tem Para Você

Por Eguinaldo Hélio de Souza

           

Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu. (João 21.21, 22)

 

Cada pessoa é única neste mundo. Você é único. Por isso, muitas vezes, as pessoas não entenderão o que Deus está fazendo em sua vida. Da mesma forma você não entenderá o que acontece a outros. Nossa tendência é julgar, avaliar e até mesmo criticar. Como Pedro, estamos sempre virando o pescoço e questionando o agir de Deus nos outros, assim como eles nos observam e nos avaliam.

Todavia, em certos aspectos, nossa relação com o Senhor é única. Só Ele sabe como agir com cada um. Embora um pai ame seus filhos igualmente, em sua sabedoria ele discerne o que cada um precisa. Talvez pareça mais cuidadoso com um do que com o outro, mais exigente com um do que com outro. Na verdade, tratamentos diferentes para pessoas diferentes é uma forma sábia de Deus lidar com a individualidade.

Não podemos ter ciúmes do que Deus está fazendo na vida de nossos irmãos ou através deles. Ele tem um plano que é exatamente a nossa medida. Alguns de nós precisamos ser empurrados. Outros precisam ser freados. Quando e em que medida só o Senhor sabe.

Nenhum dos outros onze filhos de Jacó suportaria as aflições de José. Nenhum deles seria capaz de responder da mesma forma como ele o fez. Durante um bom tempo ele deve ter questionado os rumos de sua vida. Parecia ter ficado com a pior parte. No entanto, quando o processo terminou, ele compreendeu o agir de Deus. “José, porém, lhes disse: “Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus? Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos”. (Gênesis 50.19. 20)

O Deus que age em você age em seus irmãos, só que de forma diferente. O Deus que chamou você também chamou a eles. Ainda assim seremos incapazes de entender plenamente os meios de Deus aplicados a cada um. Teremos de nos concentrar apenas em nosso próprio andar. E talvez,  futuramente, como José, compreenderemos.

Aguarde o final da história. A obra de Deus em você e nos outros ainda não terminou.


 O Processo do Perdão

Por Eguinaldo Hélio de Souza

Lucas 15.11-32

 

Introdução: A falibilidade humana torna o processo de perdão essencial

Perdão se faz necessário onde há rompimento. E há muitos rompimentos nos relacionamentos humanos, com Deus e com o próximo. O amor divino só pode fluir onde os rompimentos foram sanados e o fluxo foi restaurado.

Como Davi e Jônatas temos diversas conexões internas com pessoas diferentes (“a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi” 1 Sam 18.1)

  • Conexão com Deus e com Cristo (1 João 1.3)
  • Conexão com nossos cônjuges (Gênesis 2.23, 24)
  • Conexões com nossos filhos (Isaías 49.15)
  • Conexões com nossos irmãos em Cristo (1 João 1.3)
  • Conexões com amigos (Provérbios 18.19)

Os elementos envolvidos na parábola do filho pródigo são os elementos envolvidos no processo de perdão e reconciliação. Precisamos compreender os pontos envolvidos para estarmos prontos e abertos para o processo de perdão.

No Pentateuco, Deus revela dois aspectos da sua obra conosco: em Êxodo suas exigências, em Levítico o caminho da reconciliação. Ele sabe que não podemos obedecer plenamente, então nos revela o caminho do perdão e da conciliação.

Todo pecado é contra Deus, por isso o arrependimento inclui Deus e os homens.

Os elementos do perdão e da reconciliação são:

  • Consciência do erro (Caiu em si)
  • Arrependimento (Mudança de mente)
  • A confissão (Não podemos deixar o silêncio virar muralha. É preciso que as palavras se tornem pontes).
  • A súplica (Todo perdão é uma dádiva. Não pode ser exigido, somente conquistado)
  • Aceitação (Como tem sido sua reação?)

Sequelas – Um irmão não quis perdoar

Dentro do processo de perdão, nós podemos ser a parte ofensora, a parte ofendida ou ambas. Cabe a nós cumprirmos a nossa parte no processo para que haja reconciliação e o fluxo do amor de Deus continue

Não espere chegar aos porcos para reconhecer seu erro.

A possibilidade de perdão não é licença pra pecar

CONCLUSÃO: COMO VOCÊ TEM SE COMPORTADO DENTRO DO PROCESSO? EM

QUE PONTO DO PROCESSO VOCÊ ESTÁ? VOCÊ TEM FEITO SUA PARTE?