Precisamos Superar

Por  Eguinaldo Hélio de Souza

mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3.13).

 

Algumas coisas não são fáceis de deixar para trás, não são fáceis de esquecer. Mas é preciso. Ou não conseguiremos avançar. Precisamos superá-las, precisamos ir além. Jamais poderemos alterar o passado, mas podemos evitar que ele altere o nosso presente e nosso futuro.

Certo jovem seminarista tinha horror que alguém lhe tocasse a orelha. Em uma ocasião, por brincadeiras, dois amigos o seguraram para que um terceiro lhe tocasse nessa parte do corpo. Ele ficou tão enfurecido que bateu nos três. Em outra ocasião perdeu uma namorada porque em um momento de carinho esta lhe tocou a orelha – e ele bateu nela.

Anos depois reencontrou um amigo do seminário e pediu que esse lhe tocasse na orelha. O outro, não queria fazê-lo, mas o fez com muito cuidado. Nada aconteceu. Ele estava curado. Descobriu que seu trauma vinha da tenra infância, quando seu padrasto o castigava, levantando-o pelas orelhas. Ele teve que admitir a verdade: aqueles que  agora tocavam sua orelha não eram seu padrasto.

Essa história mostra como podemos ficar presos ao passado. Quantas noivas abandonadas não mais se permitem amar e ser amadas. Quantas pessoas rejeitadas na infância, continuam se sentindo rejeitadas apesar de tão amadas. Muitos dos que fracassaram no passado, agora se recusam a lutar. A vida não acabou, mas eles acabaram com ela. Os sofrimentos do passado não lhe trouxeram sabedoria e prudência. Trouxeram medo e desconfiança.

O importante não é quantas vezes você caiu e sim quantas vezes se levantou. Pedro negou a Jesus um dia. Algum tempo depois o estava confessando diante das grandes autoridades, até que por fim, morreu  por Ele.

Não é uma opção. Temos que superar, temos que avançar, temos que  vencer. Lembre-se de José. Ele foi rejeitado, traído, injustiçado e esquecido. E depois, abençoado, perdoou seus ofensores. E por fim tornou-se o abençoador de seus irmãos.

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