Seu Tempo Precisa Ser Redimido

Por Eguinaldo Hélio de Souza

Remindo o tempo, porque os dias são maus (Efésios 5.16)

 

Esta foi uma das mensagens que mais me impactaram em minha adolescência cristã – redimir meu tempo. Eu tinha de salvar meu tempo, senão ele seria mal aproveitado, ou não aproveitado, em outras palavras, estaria perdido.

Se há algo que Deus deu igual a todas as pessoas foi o tempo. Alguns têm mais dinheiro, outros têm mais inteligência, outros, mais beleza. Entretanto, todos têm as mesmas vinte e quatro horas por dia. O modo como utilizamos esse tempo é que conta.

E nesse assunto sobre redimir o tempo, um poema do século XVII de frei Antônio das Chagas, ilustra de forma bela e profunda essa verdade:

 

Deus pede estrita conta de meu tempo.

E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.

Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.

Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,

O tempo me foi dado, e não fiz conta.

Não quis, sobrando tempo, fazer conta.

Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,

Não gasteis vosso tempo em passatempo.

Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!

 

Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,

Quando o tempo chegar, de prestar conta

Chorarão, como eu, o não ter tempo…

Salve seu tempo. Faça com que cada minuto de seu viver terreno, adquira diante de Deus um valor eterno.


 Nosso Coração Precisa Caber Mais Pessoas

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais limitados nos vossos próprios sentimentos. Ora, em recompensa disso (falo como a filhos), dilatai-vos também vós. (2 Coríntios 6.11-13)

 

Nosso coração tem sido muito estreito em amar as pessoas. Enquanto ele deveria caber todo mundo, fazemos uma seleção muito pequena de quem vamos amar. Deveria haver nele espaço até para quem não gosta de nós e, no entanto, escolhemos um número muito reduzido de pessoas a quem dedicamos nosso amor. Excluímos a maioria. A medida do amor, é amar sem medida, escreveu Agostinho.

É normal termos preferências. Nosso cônjuge, nossos filhos, nossos familiares, alguns irmãos em Cristo e amigos mais chegados. Entretanto, preferência não é exclusividade. O problema não é algumas pessoas terem lugar especial em nosso coração. O problema é que a maioria não tem lugar algum. Ficam do lado de fora sem qualquer chance de entrar.

Também não podemos nos relacionar com todos. Isso seria impossível. Talvez nem sempre conseguiremos ir até as pessoas e ajudá-las. Mas podemos ter tal sentimento que quando chegarem até nós nos alegraremos por poder demonstrar a elas nosso amor.

Geralmente, olhamos as pessoas procurando defeitos para então excluí-las da nossa lista interior. Olhamos pessoas que estão unidas a nós em Cristo Jesus e as vemos como estranhas, como se não partilhassem conosco do Reino de Deus.

É verdade que já fomos rejeitados, traídos, magoados e desprezados. Há feridas em nossas almas e elas não são menos reais do que as cicatrizes em nossos corpos. Ainda assim, deixar de amar não nos cura, apenas agrava nossa situação.

Precisamos aprender a amar com o amor de Deus em Cristo Jesus. Com este amor capaz de afogar e consumir qualquer ressentimento. Capaz de nos cegar para os defeitos do outro.

Estamos aqui porque fomos amados com o Amor Eterno de Deus. Que este amor transborde em nós pelo seu Espírito e torne todos os próximos bem próximos do nosso coração. Que haja em nossa vida espaço suficiente para amar quem precisa.


 Sermões, Pregadores e Oração

Introdução, conclusão e seleção por Eguinaldo Hélio de Souza

 

 

Algumas pérolas acabam se perdendo na imensa bibliografia cristã da história. Algumas vezes, por serem pequenas, pensa-se que são insignificantes. Grande engano. As frases e pequenos textos abaixo foram selecionados do livro Poder através da oração, de E.M. Bounds. São poderosos trovões sobre nós pregadores, que precisamos aprender de novo e de novo, que não somos meros formuladores de mensagens, mas pessoas que Deus chamou para a divina tarefa de proclamar ao mundo suas verdades.

Que elas possam servir de exortação e deleite a todos.

Homens são o método de Deus. A Igreja está buscando métodos melhores. Deus está buscando homens melhores. 

A glória e a eficiência do Evangelho dependem dos homens que o proclamam.

O Espírito Santo não se derrama através dos métodos, mas por meio de homens. Não vem sobre maquinarias, mas sobre homens. Não unge planos, mas homens – homens de oração. 

O mensageiro é, se possível, mais do que a mensagem. O pregador é mais do que o sermão.

A pregação não é tarefa de uma hora. É a manifestação de uma vida. 

Homens mortos tiram de si sermões mortos e sermões mortos matam.

A pregação mais penetrante e forte do pregador deveria ser feita a si mesmo. Sua obra mais difícil, delicada, laboriosa e radical deve ser consigo. 

Os pregadores não são produtores de sermões, mas formadores de homens e de santos. E só quem fez de si mesmo um homem e um santo está bem instruído para essa obra. 

O sermão real é feito no recinto secreto

O púlpito de hoje é pobre em oração. O orgulho da erudição opõe-se à humilde dependência da oração.

A Igreja tem sido enfeitada, mas não edificada; agradada, mas não santificada. 

A pregação que mata é a pregação sem oração. Sem oração, o pregador gera morte e não vida.

Os pregadores que são grandes pensadores e grandes estudiosos devem ser os maiores na oração.

O caráter de nossa oração determinará o caráter de nossa pregação. Uma oração ligeira fará uma pregação superficial.

Nenhuma erudição pode suprir a falta de oração.

Glória a Deus por palavras sublimes como essa. Que Ele nos auxilie a andar nessas alturas. Pois Ele faz nosso pés como os da corça e me faz andar pelos lugares altos. (Habacuque 3.19)


 Senhor, Cura a Minha Alma!

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

O problema não são as cicatrizes. Cicatrizes são feridas que fecharam, são marcas de batalhas que ganhamos. Elas não doem, não incomodam, apenas lembram momentos difíceis do passado. Não são bonitas, mas não  doem.

O problema, Senhor, são as feridas abertas em nossa alma. Há muito tempo elas foram feitas, e, no entanto, elas ardem ao menor toque. Basta ver uma pessoa, ouvir alguma palavra, ser lembrado de algo. É como se tudo voltasse outra vez, como se tudo estivesse acontecendo novamente. Ao menor toque, aquela dor que julgávamos esquecida retorna de forma ainda mais dolorosa. Não são feridas de nossa carne. São feridas profundas em nossa alma que não foram totalmente curadas.

Por isso eu peço: Cura-nos, Senhor. Derrama teu bálsamo, envia tua Palavra, trabalha em nossa alma enferma! Ajuda-nos! Não queremos lembrar, mas lembramos, não queremos chorar, mas choramos. Gostaríamos de dizer que tudo ficou para trás, mas nem tudo. O Senhor tem poder para nos tocar no mais profundo de nossas vidas, pondo fim a esses sentimentos dolorosos e a esses pensamentos aflitivos. Senhor nos dê tua paz.

Queremos nos levantar e avançar no Teu Nome, queremos nos erguer e Te exaltar. Queremos correr sem esses embaraços que de tão perto nos rodeiam (Hebreus 12.1).

Tu és o Senhor que nos sara (Êxodo 15.26). Não apenas nosso corpo, mas ainda  nosso coração e alma.

Cura-nos Senhor, com tua Palavra! Deixe-a falar no mais profundo de nosso ser.

Enviou Sua Palavra e os sarou; e os livrou de sua destruição (Salmos 107.20). Manda-nos Senhor, uma palavra que nos sare.

Há muita coisa pesando em nosso coração, coisas que deveriam ter sido deixadas lá atrás. Ajuda-nos a perdoar e a esquecer todas essas coisas que nada mais fazem do que manter a chaga aberta. Faze-nos andar em novidade de vida, pois aquele que está em Ti é uma nova criatura. As coisas velhas se passaram, tudo se fez novo. (2 Coríntios 5.17)

Ouve-nos, ó Deus! Fecha hoje para sempre estas feridas. Queremos andar em Tua Paz e em Tua Luz.


 Se Você Nasceu de Novo…

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito (João 3.8)

           

Estar em Cristo não é uma questão de cerimônias, hábitos ou filiação a uma igreja, embora esses elementos façam parte da vida cristã. A Bíblia descreve a salvação como morte e vida. Primeiramente morte para o pecado, para o mundo, para o mal. Em segundo lugar, um renascimento para Deus. “Quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus” (Romanos 6.10).

Jesus falou desse novo nascimento em seu diálogo com Nicodemos (João 3). Disse que quem nasceu de novo é como o vento, não sabe de onde vem ou para onde vai. Se você nasceu de novo, não pertence mais a si mesmo, mas pertence Àquele que lhe deu a nova vida. Não vive nem pode mais viver para si mesmo. Não pode fazer planos sem antes consultar a Deus. Não caminha sem colocar na frente, a vontade e os propósitos divinos.

Para quem nasceu de novo, “se Deus quiser” não é uma frase morta dita por costume. É uma afirmação vinda de um coração transformado, que sabe quem é o Senhor de sua vida. Sabe que esse Senhor é o Soberano do Universo e da História, e que de nada vale resistir ao Seu querer. Ainda que suas mentes façam planos, tracem metas, tenham aspirações e desejos, tudo isso está sujeito aos propósitos do Altíssimo.

Você nasceu de novo e por isso sabe que a última palavra será do seu Deus. A sua vontade está submersa na Vontade Dele. Se Ele disser para largar a rede você a largará. Se Ele disser para deixar sua mesa você a deixará. Você quer estar exatamente onde Ele quer que você esteja e deseja ir aonde Ele deseja que você vá. Irá, entrará e sairá aonde Ele ordenar. Nenhuma corda prende você, exceto as cordas do amor de Deus.

“Porque o amor de Cristo nos constrange (…) Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou”. (2 Corintios 5.14, 15)

Assim é todo aquele que é nascido do Espírito.


 Sê Tu, Senhor, o Dono da Minha Agenda

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Ensina-nos a contar nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios (Salmos 90.12)

 

Sê Tu, Senhor, o dono da minha agenda. Que eu vá somente aonde me mandares ir e consagre meu tempo àquilo que determinares. Teus são meus dias, meus meses e meus anos. Teu é cada compromisso meu, que eu tenha ou terei. Não me permita usar em vão minhas horas ou andar por caminhos não escolhidos ou não aprovados por Ti. O importante não é se nossa vida será curta ou longa. O importante é que ela seja Tua.

Antes de qualquer compromisso, meu primeiro compromisso é contigo. Não és apenas o principal ponto em minha agenda. És o dono dela, para mudá-la, adiá-la, antecipá-la, cancelá-la ou confirmá-la. Não permita jamais que a correria de uma agenda cheia nos deixe vazios de Tua Presença. Que o orgulho das muitas atividades não nos afaste da alegria do Teu altar. Que dentre as coisas urgentes e importantes desta vida, nenhuma seja mais urgente do que estar em Ti, nem mais importante do que Te adorar.

Por favor, Senhor, não deixe que os inúmeros afazeres passageiros, venham nos afastar do que é eterno. Que o acúmulo de tarefas não esconda de nós a Tua glória. O tempo passa depressa e quando percebemos o ontem já se foi e o amanhã está chegando. Muitos em sua ânsia por posses e poder hão de dizer como o profeta: “Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos” (Jeremias 8.20).

Não ter tempo para Ti, ó Deus, é viver perdendo tempo. Tentar colocá-Lo em segundo ou terceiro lugar em nossas vidas é o mesmo que não colocá-lo em lugar nenhum. A Ti pertence o trono e o cetro do meu ser. Teu direito é reinar em tudo sobre nós.

Nossa vida é uma fumaça que em pouco tempo se dissipa (Tiago 4.14). Em Ti, ó Rocha eterna, nós nos tornamos, rochas destinadas à eternidade. Tudo vale à pena se for feito em Ti. Nada tem sentido sem a Tua aprovação. Ansiamos pelo dia e pelo tempo quanto fores tudo em todos (1 Coríntios 15.28). Pois, então, não estarás em nosso tempo, mas nosso tempo estará em Ti.


 Se o Natal é Cristo…

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Se queremos algo de real no Natal temos de afirmar em primeiro lugar que o Natal é Cristo. Ou o Natal é isso, ou então ele não é nada. Tudo o mais será puro engano. E se declaramos que Natal é Cristo, então temos que pensar, falar e agir dentro dessa verdade.

Se o Natal é Cristo, então não podemos permitir que o brilho das luzes natalinas, ofusquem em nossa vida, o esplendor Daquele que é a Luz do mundo.

Se o Natal é Cristo, não podemos consentir que o cheiro das boas comidas encubram em nós o bom perfume de Cristo.

E não podemos deixar que a beleza dos inúmeros presentes nos façam esquecer Daquele que não tinha parecer nem formosura (Isaías 53.2), mas cuja presença em nós torna tudo mais belo em nossa vida. Ele foi, é  e sempre  será o maior presente de Deus para a humanidade. Graças a Deus por seu dom indescritível (2 Co 9.15)

Se o Natal é Cristo, então não podemos admitir que as canções natalinas, por mais belas que sejam, soem tão alto, que nos impeçam de ouvir a suave voz do Bom Pastor, nos chamando a segui-lo pelas veredas da justiça.

E acima de tudo, se o Natal é verdadeiramente Cristo e não outra coisa, então, não podemos tolerar por um segundo, que as lendas vãs, sejam elas renas voadoras ou gnomos, ou duendes, roubem o lugar Daquele que é a Verdade e a Vida. Também temos que rejeitar qualquer outro personagem que procure roubar a glória Daquele que não divide sua glória com ninguém.

E por fim, não devemos aceitar que as abundantes referências ao menino na manjedoura, nos façam esquecer que Aquele menino cresceu, morreu na cruz por nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e agora está assentado à direita da Majestade nas alturas. E que um dia ele voltará nas nuvens do céu, com grande poder e glória, para julgar os vivos e os mortos.

Só agindo assim é que poderemos dizer com toda certeza que o Natal é Cristo e não é nenhuma outra coisa a mais.


 Romanos 16 e a Gratidão

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Quando lemos o capítulo 16 da carta de Paulo aos Romanos vemos ali apenas nomes que parecem estranhos a nossa cultura. Há cerca de vinte e oito nomes sobre os quais lemos pouco ou nada no restante do Novo Testamento. Esse trecho da carta parece contrastar com o restante. Para alguns, Romanos é não apenas o mais importante dos escritos do apóstolo, mas o principal livro da nova aliança. E ainda assim é como se ele parasse de repente para fazer uma lista com nomes de pessoas que parecem não ter qualquer valor para nós hoje. Mas não é assim.

Isso se chama gratidão. Essas pessoas haviam sido bênçãos na vida dele em algum momento. Elas haviam trabalhado para o Senhor, ou ao lado dele ou em suas igrejas. Algumas, como o casal Priscila e Áquila, havia arriscado sua vida por ele. Outras, como a mãe de Rufo, havia sido como uma mãe para ele. Ele as menciona pelo nome, faz uma curta menção de seus feitos, mas não os esquece.

Paulo sabia que ninguém vence sozinho, nem realiza a obra do Senhor sozinho. Podemos mencionar em nossas pregações e livros que ele evangelizou a Ásia e a Europa, que plantou igrejas, que fez isto ou aquilo. No entanto, da mesma forma como Deus o levantou, também levantou inúmeras pessoas para estar com ele, para ajudá-lo, apoiá-lo, sustentá-lo, continuar sua obra. São pessoas que talvez nunca entrem para os livros de história, mas cuja história Deus conhece muito bem. Ele gasta parte desse capítulo expressando sua gratidão.

Reconhecer as bênçãos de Deus em nossa vida é uma necessidade. Expressar nossa gratidão também é.

No entanto, muitas vitórias do Senhor para nós não vieram direto do céu. Chegaram através de pessoas que nos amam, que acreditam em nós, que suportam nossos defeitos e nossas falhas. Pessoas a quem Deus moveu para nos abençoar.

Em algum momento temos de nos dirigir a elas para agradecer, para elogiar, para abraçar e falar o quanto foram bênçãos em nossas vidas. Reconhecendo que sem elas não seríamos o que somos, não teríamos o que temos, não faríamos o que fizemos. Elas foram bênçãos do Senhor em forma de pessoas. Temos de escrever nossa Romanos 16 para elas.


 Restaurando a Páscoa em Nossos Corações

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

 

Limpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. (1 Coríntios 5.7, 8).

 

Talvez nenhum esforço nosso poderá convencer o mundo que chocolates, ovos e o coelhos estão tão longe do sentido da  Páscoa quanto o céu está distante da terra. Nossa cultura nunca permitirá negar chocolates e bombons aos nossos filhos. Ainda assim, nada pode nos impedir de refletir, viver e experimentar o verdadeiro sentido da Páscoa.

Ela começou como um fato histórico, tornou-se uma festa simbólica, foi concretizada em Cristo e hoje é realidade em nós.

Naquela noite o anjo da morte passou pelo Egito (pessach – passagem) e trouxe a situação que libertaria o povo de Israel de seu cativeiro (Êxodo 12). O sangue de um cordeiro na porta de suas casas garantiu-lhes a vida e a libertação. Uma festa anual foi instituída para que jamais esse dia fosse apagado de suas memórias. A festa foi celebrada ao longo dos séculos, mas era apenas sombra de algo muito maior.

Foi no tempo da Páscoa em Jerusalém que Jesus, o Cordeiro de Deus deu sua vida por nós, ressuscitando ao terceiro dia. Foi ali que seu sangue foi derramado na cruz em nosso favor, trazendo para nós a libertação e a vida que hoje desfrutamos. Essa é a Páscoa real.

Comprar ovos e comer chocolates não significa nada diante do fato de que fomos resgatados por esse sangue e libertados das prisões do pecado, do mundo e de Satanás caminhamos agora para a Canaã celestial. E é essa redenção real, eterna e verdadeira que merece o nome de Páscoa. O restante são tentativas humanas de se lucrar com os feitos de Deus.

Não vamos permitir que as tradições humanas escondam a obra Eterna de Deus. Não vamos perder a oportunidade de refletir sobre essa tão grande salvação. Não esqueceremos jamais o que Ele fez por nós.

Cristo é a nossa Páscoa, nossa redenção e resgate. Nenhuma criatividade humana poderá superar essa gloriosa realidade.


 Resoluções Para o Ano

Por Eguinaldo Hélio de Souza

Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. (1 Coríntios 9.24 – 26)

Novas atitudes trazem sempre novos resultados, novas sementes novos frutos. Que possamos decidir em nossos corações retirar de nossa vida as palhas e escombros que atrapalham e colocar nela aquilo que sabemos ser bom e que produz bons frutos. Que este ano possamos:        

 

Reclamar menos e adorar mais.

Ver menos televisão e ler mais a Bíblia

Falar menos da vida de outros e pregar mais o Evangelho.

Gastar menos tempo na internet e mais tempo em oração.

Falar menos e fazer mais.

Ajudar mais do que criticar.

Trabalhar mais, estudar mais, realizar mais.

Elogiar mais, sorrir mais, abraçar mais, tolerar mais, perdoar mais, amar mais.

Comer menos, dormir menos, ficar menos na ociosidade e em conversas vãs. Pecar menos (ou melhor, não pecar).

Que possamos ser mais santos e vivermos mais perto de Deus.

 

Em nossa fraqueza, nem sempre conseguimos ser em nossa vida aquilo que resolvemos em nosso coração. Ainda assim, vale a pena ter alvos e caminhar em direção a eles. Se não os alcançarmos plenamente, ao menos os atingiremos parcialmente e isso já será muito bom.

Se aquele que toma enérgicas resoluções tantas vezes cai, que será daquele que as toma raramente ou menos firmemente as propõe. (Tomas de Kempis).

É tentando o impossível que chegamos à realização do possível!