Por Eguinaldo Hélio de Souza
Limpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. (1 Coríntios 5.7, 8).
Talvez nenhum esforço nosso poderá convencer o mundo que chocolates, ovos e o coelhos estão tão longe do sentido da Páscoa quanto o céu está distante da terra. Nossa cultura nunca permitirá negar chocolates e bombons aos nossos filhos. Ainda assim, nada pode nos impedir de refletir, viver e experimentar o verdadeiro sentido da Páscoa.
Ela começou como um fato histórico, tornou-se uma festa simbólica, foi concretizada em Cristo e hoje é realidade em nós.
Naquela noite o anjo da morte passou pelo Egito (pessach – passagem) e trouxe a situação que libertaria o povo de Israel de seu cativeiro (Êxodo 12). O sangue de um cordeiro na porta de suas casas garantiu-lhes a vida e a libertação. Uma festa anual foi instituída para que jamais esse dia fosse apagado de suas memórias. A festa foi celebrada ao longo dos séculos, mas era apenas sombra de algo muito maior.
Foi no tempo da Páscoa em Jerusalém que Jesus, o Cordeiro de Deus deu sua vida por nós, ressuscitando ao terceiro dia. Foi ali que seu sangue foi derramado na cruz em nosso favor, trazendo para nós a libertação e a vida que hoje desfrutamos. Essa é a Páscoa real.
Comprar ovos e comer chocolates não significa nada diante do fato de que fomos resgatados por esse sangue e libertados das prisões do pecado, do mundo e de Satanás caminhamos agora para a Canaã celestial. E é essa redenção real, eterna e verdadeira que merece o nome de Páscoa. O restante são tentativas humanas de se lucrar com os feitos de Deus.
Não vamos permitir que as tradições humanas escondam a obra Eterna de Deus. Não vamos perder a oportunidade de refletir sobre essa tão grande salvação. Não esqueceremos jamais o que Ele fez por nós.
Cristo é a nossa Páscoa, nossa redenção e resgate. Nenhuma criatividade humana poderá superar essa gloriosa realidade.