Por Eguinaldo Hélio de Souza
“Vou dormir um pouco”, você diz. “Vou cochilar um momento; vou cruzar os braços e descansar mais um pouco”, mas a pobreza lhe sobrevirá como um assaltante, e a sua miséria como um homem armado. (Provérbios 23.33, 34)
Em muitos casos, é na nossa ociosidade que crescem as ervas daninhas, as quais minam e atrapalham o nosso triunfo. Tempos vazios ou ocupados com atividades inúteis, abrem espaço para todo tipo de males. Momentos que poderiam ser usado para edificar nossa vida em Deus, ou que poderiam contribuir para os propósitos e a glória Dele, escoam pelos vãos dos nossos dedos como uma coisa morta e nos mata junto.
Não estou falando do descanso, ordenado e merecido. Nem mesmo de lazeres necessários e até produtivos. Ou de tempos de comunhão com pessoas que acrescentam às nossas vidas. Isso tudo é legítimo e benéfico.
O problema é a inatividade excessiva, onde sem saber o que fazer não se faz nada. Onde o entretenimento ocupa muito mais espaço do que deveria. Onde conversas fiadas e nocivas roubam o tempo da meditação, da oração, da adoração e de outras atividades para a glória de Deus. Então, em lugar de edificação temos estagnação, em lugar de avanço, paralização e retrocesso. Deixamos de nos encher de Deus e do que é Dele, para encher-nos de vento. Para depois nos lamentarmos porque estamos como estamos. Deus nunca derramou sua bênção sobre a inatividade, a preguiça e o ócio.
Fomos chamados para ser frutíferos, para realizar em Seu Nome, com Seu poder e para Sua glória. E temos de fazer isso no tempo que Ele nos dá. O tempo que perdemos, jamais acharemos outra vez. Instantes consagrados a Ele são sementes de eternidade.
Minha alma dói diante da minha esterilidade e inércia, diante do fato que tenho vivido tão pouco para a glória de Deus, escreveu David Brainerd em seu diário. Só quem deseja ardentemente viver para Ele sabe quão ruim é o tempo desperdiçado.
Consciências tocadas pelo Espírito de Deus abominam o ócio. Sabem que se nossa vida pertence a Ele, nosso tempo também pertence. Não há paz quando percebemos que inutilidades nos prenderam e roubaram minutos, horas e até dias preciosos que pertenciam a Ele. No entanto, há paz na realização de nossa missão. Ocupar o nosso tempo com Deus e em favor Dele é o caminho para quem quiser levantar-se e deitar-se em paz (Brainerd).
Vencer a preguiça e o ócio é o primeiro passo para as demais vitórias que o nosso Deus tem para nós.