Por Eguinaldo Hélio de Souza
Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água, (Salmo 63.1)
Oásis são como ilhas no deserto. Neles você pode encontrar água em meio à seca, sombra em meio ao sol tórrido, descanso para a fadiga da caminhada, esperança ao longo de uma jornada dolorosa e incerta. Há ali ordem e sentido cercado de caos e confusão por todos os lados.
Deus é o nosso oásis.
Nele podemos encontrar renovação e descanso. Nele podemos matar nossa sede e saciar nossa alma. Nele e só Nele refazemos as forças para continuar nossa marcha até a eternidade. Um deserto sem oásis é uma terra sem esperança. Uma vida que não se achega a Deus e não desfruta Dele perecerá pelo caminho.
Enquanto estivermos neste mundo decaído precisaremos entrar em contato íntimo e real com Aquele que contrasta com todas as coisas ao redor. Precisaremos receber de Deus aquilo que só em Deus se encontra. Tudo o mais morre. Ele vive! E nós vivemos também todas as vezes que nos conectamos a Ele.
Para os que caminham no deserto o oásis não é opcional. É a única garantia de que a viagem chegará a um final satisfatório. Vencer o deserto exige deter-se no oásis. O tempo nesses lugares muda o resultado da jornada, assim como nosso tempo com Deus altera a vida que viveremos neste mundo.
Muitas vezes não queremos parar em meio a correria da vida. Não queremos buscar um lugar onde o Senhor nos falará ao coração e restaurará nosso vigor. Está difícil, mas acreditamos em nossas próprias forças, em nossa própria sabedoria, em nós mesmos. Depois não sabemos porque sucumbimos. Não paramos em Deus, não entramos em Deus, não descansamos Nele. Ignoramos que os momentos com Ele são os momentos que transformam tudo.
Deus é um oásis mais forte do que todos os nossos desertos, mais vivificante que toda morte em volta de nós. Eu vou a Ele porque só assim chegarei até o fim, quando Deus será tudo em todos (1 Coríntios 15.28) e este universo desértico e decaído se tornar um oásis eterno e infinito.