“Pois Nele [Jesus] foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, e Nele tudo subsiste”. (Colossenses 1.16, 17)
Corremos o risco de perder a grandeza de Jesus quando o olhamos mergulhado em seu amor. Sentado junto ao poço em Samaria, pregando na sinagoga em Nazaré, cercado por mulheres e crianças, Ele parece tão humano quanto nós. “Sendo rico, por amor de nós se fez pobre…” (2 Coríntios 8.9). Quem Ele é realmente, naqueles dias, ficou escondido no que Ele fez. Mesmo a majestade humana do homem Jesus, não era suficiente para descrever a sublimidade divina do Filho de Deus.
Luz do mundo, Pão da vida, bom Pastor, Videira verdadeira – são expressões que tentam ao menos um pouco dar ideia de Quem Ele é. São elementos da criação que foram usados como metáforas para descrever o Criador. Todavia, Aquele que criou está muito além do que foi criado. E quanto o Criador se confunde com a criatura, assumindo forma de criação, estas suas criaturas ficam confusas e mal conseguem entendê-lo. “Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu” (João 1.10). Havia Nele muito mais a ser conhecido e percebido do que a mente humana seria capaz de absorver. “Filipe, há tanto tempo estou contigo e não me tendes conhecido?” (João 14.9).
Nosso encontro pessoal com Jesus foi redentor e nos colocou em contato com as realidades espirituais. Ainda assim essa experiência não passa de ínfima migalha e não pode fornecer o conhecimento de toda grandeza que há Nele. João O viu em Patmos e sua reação foi “cair aos seus pés, como morto” (Apocalipse 1.17). Esta carne e este sangue precisam ser transformados para poderem um dia estar face a face com Jesus em sua grandeza.
Nosso anseio por Jesus tem que superar toda luta neste mundo, porque vai valer à pena. Se seu tempo aqui na terra, nos limites de sua humanidade, marcou tão profundamente a História e a nossa história, quão maravilhoso não será, quando o virmos face a face, quando então o conhecermos como também somos conhecidos?