Por Eguinaldo Hélio
Porque o amor de Cristo nos constrange… (2 Coríntios 5.14)
Em um mundo de passatempos, com inúmeras atividades supérfluas e inócuas, corremos o risco de achar que o Evangelho é apenas uma entre as muitas ocupações de nossa vida. As pessoas têm entrado e saído das igrejas como se fosse uma estação de trem. Elas têm confessado e praticado o cristianismo por um tempo, para depois deixa-lo de lado, seguindo outro rumo, como quem comeu um bolo de laranja, jogou um restante no lixo e saiu para passear no shopping. Elas não foram capazes de entender com o que estavam lidando.
Se a narrativa bíblica é apenas mais uma entre tantas outras, então não há com que nos preocuparmos. Todavia, se o que Jesus fez e disse é realmente a verdade, não existe nada mais importante em todo o universo. “Ou o cristianismo é tudo para a humanidade, ou então ele não é nada”. Não existe meio termo. Não há como salvar-se pela mera simpatia ao Evangelho. Nenhuma confiança parcial, nenhuma entrega hesitante a Deus poderá nos redimir.
Há pessoas que se envolvem com Deus ocasionalmente. Eles falam com Ele em certas ocasiões. Leem a Bíblia e visitam a igreja quando sobra algum tempo ou o clima está favorável. Ou quando se sentem pressionadas pela dor, doença ou morte. Deixam algum espaço em sua agenda para as coisas de Deus.
Isto não é cristianismo, não é Evangelho. Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que se um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. (2 Corintios 5.14, 15).
Viver para Ele vai muito além de participar de alguma atividade na Igreja. Vai muito além de fazer parte de uma comunidade enquanto tudo parece bom e tranquilo e se afastar completamente quando sopram os ventos contrários. A recompensa do Evangelho é a plenitude eterna, por isso sua exigência é total.
Não foi nos oferecido um conselho temporário para de vez em quando. Foi dada a nós a oportunidade de nos reconectarmos com Deus definitivamente e para sempre. Qualquer coisa menor do que isso, não é a boa nova da salvação de Deus.