Por: Eguinaldo Hélio de Souza
De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados. (Lamentações 3.39)
Senhor, tenho muitas culpas para confessar, mas minha maior culpa são as minhas desculpas. Eu me desculpo culpando a outros pela minha situação. Culpo minha esposa, culpo meu marido. Culpo meu irmão e culpo o pastor. Culpo o presidente e culpo o prefeito. Eu culpo o passado por coisas que já aconteceram e culpo o futuro por coisas que ainda não aconteceram. Algumas vezes chego até a cogitar que tu és, Senhor, o responsável por muitas circunstâncias desagradáveis em minha vida.
Eu tenho uma capacidade imensa de enxergar erros e falhas em tantas pessoas, enquanto as minhas eu não consigo perceber. Vejo que todos erram de todas as maneiras o tempo todo e eu não percebo que eu também faço o mesmo. Ninguém atendeu as minhas expectativas, só que eu também não atendi as expectativas de ninguém. O Senhor não me deu muita coisa que eu necessito, porque na verdade eu não orei pedindo.
Cheguei a pensar que a Bíblia não funcionava e nunca cogitei que talvez seja porque eu não aplico os seus princípios. Estou longe da obediência plena a Deus e mesmo assim acho que tenho direito à vida plena por Ele prometida. Não dou tudo a Ele, mas gostaria muito de ter tudo Dele. Quero sempre colher muito mais do que o que tenho semeado, acho que sempre mereço mais do que tenho recebido e nunca que recebo mais do que mereço. Na verdade, nunca me dei conta o quanto reclamo e quão pouco agradeço e louvo.
Por tudo isso Senhor, perdoa-me. Sei que se eu quero que tudo ao meu redor melhore, preciso ser hoje um pouco melhor do que ontem. Preciso parar de pensar no que me devem e pensar mais no que eu devo. Preciso enfim fazer aos outros o que eu gostaria que os outro fizessem por mim (Mateus 7.12).