Por Eguinaldo Hélio de Souza
Na primavera do ano seguinte, época em que os reis saem à guerra, enviou Davi a Joabe… Mas Davi ficou em Jerusalém (2 Samuel 11.1). Conhecemos a história. A ociosidade de Davi levou-o ao pecado. Acomodado com a vida no palácio, recusou-se a lutar. Isso lhe trouxe inúmeros problemas.
Na maioria das vezes as pessoas não são vencidas pelos incômodos da vida, mas pelas comodidades. Há inúmeros cristãos que outrora frutíferos hoje se encontram inertes, parados, acomodados. Não deixaram de amar a Deus e nem de servi-lo. São bons crentes e jamais trocarão o Senhor pelo mundo. No entanto, não são nem sombra do que um dia foram, não produzem uma fração do que um dia produziram. Em tempos anteriores, essa grande seara com poucos ceifeiros podia contar com eles. Fizeram a diferença no mundo e no Reino de Deus. Agora, tudo mudou.
Sob muitos aspectos suas vidas estão melhores, a situação financeira está boa, problemas familiares são coisas do passado, tudo está mais estável. Ainda assim, ou justamente por isso, acomodoram-se. A chama não mais arde em seu coração como outrora. O clamor do mundo mal chega aos seus ouvidos. Não querem desafios, nem incômodos, só a rotina. Estão dormindo muito bem na zona de conforto e se recusam a sair dali.
É muito fácil dormir na rede da acomodação, ficar enlaçado no sono da comodidade. Isso acontece de modo sorrateiro, gradativo, imperceptível. E quando percebemos já estamos em uma letargia da qual somente o Senhor pode nos tirar, às vezes sacudindo fortemente o barco como fez com Jonas.
Com certeza é mais fácil vigiar nosso coração e impedir que o mesmo entre no sono da indolência, do que sair dessa acomodação depois de ter entrado nela. Não podemos permitir que nossas conquistas nos conquistem a ponto de nos fazer dormir o sono dos vitoriosos.
Levantai-vos e andai, pois não será aqui o vosso descanso. Por causa da corrupção que destrói, sim que destrói grandemente! (Miquéias 2.10)