Por Eguinaldo Hélio de Souza
Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas (…); mas livrou Ló, homem justo, que se afligia com o procedimento dos que não tinham princípios morais (pois, vivendo entre eles, todos os dias aquele justo se atormentava em sua alma justa por causa das maldades que via e ouvia) (2 Pedro 2.6-8)
Deus nos chama para ser luz em meio as trevas, justos em uma sociedade injusta, santos em um mundo contaminado. Somos chamados a influenciar sem nos deixar manchar, purificar sem ser tocado pelas impurezas que rodeiam. Onde quer que Ele nos coloque, temos de florescer e espalhar o bom perfume de Cristo. Mesmo imperfeitos, o contraste entre o que fazemos ou dizemos e o que fazem e dizem ao nosso redor precisa ser evidente. Só assim influenciaremos.
Nada disso será possível se nossa alma não se angustiar com o mal que nos circunda. São tantas palavras indecentes, tantas ações imorais, tantos males que se levantam! Sim, nada é novo debaixo dos céus. O que a humanidade pratica hoje ela vem praticando desde a queda. Entretanto, hoje peca-se com orgulho. O que era imoral tornou-se normal, o que era proibido agora é defendido com soberba e ai daqueles que ousarem se opor. São agredidos verbal e até fisicamente como aconteceu com Ló em Sodoma. Estes, sem dúvida, são como os dias de Ló.
Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo! (Isaías 5.20)
Nossa alma se aflige porque aqui não é nosso lugar. Estamos felizes e realizados em Deus porque Ele é bom. Espiritualmente falando, vivemos em Cristo e em Cristo tudo é vida. Humanamente falando, vivemos em uma sociedade que nos tenta seduzir e que arrasta ao vício e ao pecado pessoas que amamos. Nosso anseio é que o Senhor volte e mude todas as coisas.
Ainda assim, com nossa alma aflita, não iremos desanimar. Caminharemos nesta terra segurando firme a verdade de Deus, ouvindo a Palavra que diz: Levantai-vos e andai porque não será aqui o vosso descanso. Por causa da corrupção que destrói, sim, que destrói grandemente. (Miquéias 2.10)