Por Eguinaldo Hélio de Souza
Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. (Lucas 2.6, 7)
Não havia lugar para Ele.
Não podemos permitir que a história se repita. Talvez naquela noite fosse desculpável, pois o Filho se fez criança em meio a uma humilde família. Entrou no mundo no silêncio e na escuridão da noite, enquanto o mundo dormia. Hoje, todavia, deixar Jesus fora do Natal, dia em que se afirma celebrar seu nascimento, seria inteiramente sem sentido.
É muito fácil, mesmo para nós como cristãos, celebrar a festa e esquecer o Aniversariante. É muito fácil se deixar envolver por presentes e festas, por comida e por bebida, por abraços e carinhos. E em meio a tudo não haver espaço para Cristo, mesmo em nossos corações.
Mais do que nunca Jesus precisa ser exaltado em um momento no qual as pessoas mergulham em comemorações corrompidas ou religiosidade vazia. É preciso lembrar a elas a quem pertence esse dia e todos os dias da nossa vida. É preciso colocar Jesus não apenas no centro da festa, mas no centro de tudo.
A verdade é que não basta apenas um lugar qualquer para Ele em um momento específico de nossas vidas. A Ele pertence o primeiro lugar em todos os instantes de nossas vidas. Ou Ele tem a preeminência em tudo ou sequer podemos dizer que O temos. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em absolutamente tudo tenha a supremacia. (Colossenses 1.18).
O mundo pode simplesmente comemorar o Natal como uma festa entre outras festas, mas para nós isto não convém. Precisamos ir além. Porque o Cristo que nasceu em Belém, nasceu ainda mais poderosamente em nossos corações. Houve lugar para Ele em nossas vidas e por isso precisamos ser agora e sempre canais de Sua Presença.
Nascera Cristo mil vezes em Belém, se em ti não nasce, estás perdido eternamente (Mestre Eckahart)