Eu Te Agradeço Senhor

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Em tudo dai graças porque essa é a vontade de Deus em Cristo Jesus (1 Tessalonissenses 5.18)

Obrigado Pai, porque estou aqui em tua casa, enquanto muitos perambulam pelo mundo sem um lugar para ficar, sem um teto para dormir, sem família, sem amigos, sem ninguém. Obrigado, porque enquanto eu te adoro outros choram, sem saber de teu consolo e teu perdão. Porque muitos sem ter luz, andam a passos tristes, amargos, vazios na escuridão. Obrigado porque ando, falo, vejo, canto, abraço, beijo, amo e sonho com amanhã, ao tempo que alguns nada disso podem fazer.

Sou grato a Ti porque apesar das minhas horas difíceis e ruins, tenho tido momentos muito bons em tua presença. Aquela minha lágrima do passado já secou e eu estou aqui sorrindo, cantando, orando e ouvindo palavras de vida que me dão fé, coragem e certeza. Certeza de que como tantas vezes aconteceu, ainda que o choro dure uma noite, pela manhã, virá a alegria. Tu és a minha esperança.

Quero te agradecer porque se neste mundo encontrei pessoas que me fizeram chorar, também encontrei muitas outras que me fizeram sorrir. Se alguém me derrubou, alguém também me segurou pela mão e me levantou e por esse motivo continuo em pé adorando em tua casa. E se choro pelos que partiram, choro porque eles foram bons, foram teus presentes para minha vida. Meu choro é meu testemunho de quão preciosos eles foram para mim.

Eu te louvo meu Deus, pela saúde, pelo pão, pela vida, pela segurança, pela esperança de um amanhã e por tantas coisas boas que recebi de tuas mãos.

Jamais poderei entender porque tantos sofrem tanto em tantos lugares enquanto outros caminham tranquilos sem sequer pensar em Ti. Não tenho respostas para todas as perguntas de todas as pessoas, talvez nem sequer para as minhas. Talvez não tenha palavras para dizer àqueles que quando veem as grandes catástrofes olham para mim e perguntam: “Onde está o teu Deus?”

Mas uma coisa eu sei. Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado me consolam (Salmo 23.4). Tu és o meu Deus para sempre e tu serás o meu guia até a morte. (Salmo 48.14). E ainda que passem os céus e a terra, tuas palavras jamais passarão (Mateus 24.35) e eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra! (Jó 19.25


 Ele Tinha Tudo Para Desistir

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Ao chegarem a Ziclague, Davi e seus soldados encontraram a cidade destruída pelo fogo e viram que suas mulheres seus filhos e suas filhas tinham sido levados como prisioneiros. Então Davi e seus soldados choraram em alta voz até não terem mais forças. (1 Samuel 30.3, 4)

Ele tinha tudo para desistir. Havia perdido o seu prestígio diante do povo de Israel. O rei a quem ele ajudou em diversas ocasiões estava tentando matá-lo sem que ele houvesse cometido qualquer delito. Sua casa tinha sido uma caverna e sua cidade o deserto. Seus companheiros eram homens endividados e amargurados de espírito. Teve que ir morar no meio dos seus inimigos, os filisteus, para poder sobreviver.

Quando tudo parecia melhor, os inimigos vieram e atacaram a cidade onde ele e seus companheiros estavam morando. Queimaram tudo e roubaram todos os seus pertences. Sequestraram suas mulheres e seus filhos. Não deixaram nada.

Além de tudo isso, seus próprios amigos o acusaram, culpando-o pelo que lhes aconteceu, embora ele mesmo tivesse sofrido os mesmos infortúnios. Falaram em apedrejá-lo. Ele chegou assim ao ponto mais baixo de sua situação deplorável.

Em condições semelhantes ou até menos catastróficas muitos abandonaram a Deus, perderam a fé, desistiram de lutar. Entregaram-se a auto-comiseração, acusaram a Deus e aos outros pelas suas tristezas, deixaram-se arrastar para a morte. Em momentos como esse, alguns perderam toda a esperança e declararam não haver mais solução.

Todavia, essa não foi a atitude de Davi. Sobre esse momento lemos: Mas Davi se fortaleceu no Senhor seu Deus. (1 Sm 30.6). Ele foi Naquele que é a Fonte de toda força e ânimo, ele foi até o Senhor e foi fortalecido. Fortalecei-vos no Senhor e na força de seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes… (Ef 6.10,11). Dali a pouco ele já chamou ao sumo sacerdote e pediu direção a Deus.

Dentro de poucos instantes, Davi já estava em pé, marchando, decidido a recuperar tudo aquilo que o inimigo havia levado embora. No caminho, Deus preparou a ajuda necessária para sua vitória. E a vitória foi completa. Assim Davi recobrou tudo o que os amalequitas haviam tomado… não lhes faltou coisa alguma, nem pequena, nem grande… (1 Sm 30.18, 19).

É em Deus e no seu poder que nossa história muda. As negras páginas que o inimigo tenta escrever são substituídas por aquilo que Deus deseja para nossas vidas. É fato que muitas vezes temos muitos motivos para desanimar e desistir. Sempre, porém temos um motivo para nos levantarmos e continuar adiante. E esse motivo é Deus. Essa força é Ele.


 O Jesus Inevitável

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Temos que falar d’Ele, pois é n’Ele que o desespero se torna em esperança, o pranto em riso, a dor em cura e a morte em vida. De todos os que já pisaram sobre a terra, nenhum nome falou tão alto, nenhuma vida trouxe tanta Vida quanto a Dele. E é por isso que temos de falar d’Ele. Sei que você já ouviu muito a seu respeito. Católicos, protestantes, espíritas, gnósticos, hippies e muitos neste mundo carregam Jesus em seu credo. Cinema, televisão e literatura não o deixam fora do seu enredo. Mas para muitos parece que Jesus perdeu sua força. Ele parece ser um mito da religião dos mais velhos, um mero assunto de discussão entre pessoas religiosas e você prefere ficar fora dessas discussões. Ou quem sabe você é uma das pessoas religiosas que o discutem. Ás vezes Ele está envolvido numa nuvem de argumentos e conceitos tão espessa, que aquilo que verdadeiramente Ele é passa, despercebido pelos seus olhos. Você só consegue vê-lo e ouvi-lo pelos olhos dos outros, quando seria bem diferente se você pudesse vê-lo com seus próprios olhos e ouvi-lo com seus próprios ouvidos.

Quão grande é JESUS!! Ele venceu as enfermidades trazendo a cura. Perdoou os pecados mais terríveis em homens e mulheres. Saciou a tantos multiplicando pães. Libertou os oprimidos por espíritos malignos. E após três dias da sua morte na cruz os que foram ao seu túmulo o encontraram vazio – Ele havia vencido a morte.

Era um carpinteiro. Três anos e meio somente foi o tempo que ele utilizou para dizer o que disse e fazer o que fez. A única vez em que esteve perante um rei foi para receber a sentença de condenação. Sua companhia era a gente simples do povo, gente desprezada como as prostitutas e os cobradores de impostos. Entre os pescadores, homens indoutos e sem letras, ele escolheu seus principais seguidores. Após aqueles três anos e meio em que passou entre o povo, foi coroado de espinhos e entronizado em uma cruz, em meio ao escárnio e desprezo dos líderes religiosos e do povo em geral. E assim ele viveu e morreu entre nós.

Mas sua morte era a vida e seu fim o começo de uma nova era. Daquela cruz brotou uma torrente de poder e vida que tem influenciado milhões e milhões de pessoas em todo o mundo. Uma torrente de salvação, de cura, de amor, de perdão, de esperança, de libertação e de tudo o mais que a humanidade precisa. Fonte esta que não se esgotou nestes dois milênios, da qual desfalecidos e sedentos podem beber abundantemente. Jesus se colocou em pé e clamou, dizendo: Quem tem sede, venha a mim e beba.

Você pode beber e saciar-se com aquilo que sua alma precisa. Você não necessita continuar vazio, frustrado, em desespero. Hoje mesmo, Jesus vem a você e o salva se você clamar por Ele. “Aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Atos 2.21)


 Preciso de Ajuda

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

De fato, não gostamos de admitir, mas sozinhos não chegaremos a lugar algum. Quando Deus entrou em nossa vida, Deus não nos chamou para sermos servos solitários e sim para caminharmos juntos dentro do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Ao meu lado, estão pessoas que muitas vezes passaram e passam por problemas como o meu. Pessoas que já desanimaram, que já falharam, que já se sentiram sozinhas, incapazes, esquecidas e abandonadas. Entretanto, elas venceram porque foram ajudadas por alguém e estarão prontas para ajudar quando eu pedir.

O problema é que eu me calo. Vou ao culto e ali permaneço com um sorriso enquanto meu coração chora por dentro. Faço questão de parecer aos outros que sou invencível, que não tenho problemas, que minha fé é inabalável, que não preciso de nada. Não tenho coragem de reconhecer que apesar de ser um crente obediente e fiel, que apesar das boas palavras que são ministradas sobre a minha vida e de até sentir a presença de Deus, não estou conseguindo superar certas coisas.

Eu me admiro que quando Moisés disse para Deus que não poderia ir falar com Faraó porque não tinha eloqüência, o Senhor lhe perguntou: Quem fez a boca do homem? Ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê ou o que enxerga? Não sou eu, o Senhor? E o que pensamos? Que Deus tornou Moisés eloqüente a partir daquele momento? De modo nenhum. Ele lhe disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele fala bem. Deus não curou Moisés. Enviou seu irmão para ajudá-lo. (Êxodo 4.11-16).

Quanta gente não ficou esperando uma revelação, uma profecia ou ainda que o pastor viesse e simplesmente descobrisse seus problemas. E isso não aconteceu e eles naufragaram. O pastor é limitado e nem sempre a resposta, a cura e a ajuda virá da forma que escolhemos. Temos muitos irmãos amados e abençoados ao nosso lado, que já choraram as lágrimas que estamos chorando agora e já pisaram nos espinhos sobre os quais estamos pisando. Eles têm palavras para nos dizer.

Não precisamos tornar públicos nossos problemas e nosso sofrimento, mas podemos orar e buscar alguém adequado com quem compartilhar. Outras mulheres já tiveram problemas com o marido semelhantes aos seus. Outras mães também se viram confusas por causa de seus filhos. Outros homens já sofreram como você. Eles estão ao seu lado no culto e terão o prazer em lhe ajudar. Não tenha vergonha. Diga : Eu preciso de ajuda!

Cada um ajuda o outro e diz a seu irmão: “Seja forte!” (Isaías 41.6).


 Maledicência

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. (Colossenses 3.8)

Se há um pecado bem presente em nossas vidas que precisa ser abandonado é a maledicência. Há um vício de falar mal dos outros, bem enraizado em nosso dia-a-dia. Boa parte de nosso tempo e de nossas conversas são utilizados para condenar as pessoas. Quando estamos juntos gastamos muitas palavras maldizendo os ausentes. Com uma facilidade impressionante condenamos parentes, amigos, irmãos, líderes. Ninguém escapa.

Falamos tanto da vida dos outros que se parássemos de repente de fazê-lo, talvez não tivéssemos mais assuntos. Os outros são nosso assunto. Julgamos, criticamos, condenamos. Sentimos um prazer oculto em apontar as falhas de todos. Parece que isso nos faz sentir melhores como se expor os defeitos e pecados dos outros tornasse bem menor nossas falhas e defeitos.

Só não percebemos o quanto isso envenena nossa alma. Quanto tempo perdido, quanta palavra infrutífera, quanta semente ruim! E muitas vezes fazemos isso sob uma capa de piedade, justificando que estamos falando para o bem da pessoa, que devemos orar por ela, que a amamos e etc. Puro engano. Na maioria das vezes não passa de maledicência pura. Se pudéssemos ouvir todas as nossas maledicências ficaríamos envergonhados!

Precisamos ser libertos desse poder terrível, desse veneno de serpente em nossas línguas, desse hábito destrutivo que se arraigou em nossa cultura, em nosso pensamento. Não significa perder o senso crítico ou achar ingenuamente que todos são perfeitos. Trata-se apenas de não fazer da vida dos outros o centro da nossa e abrir espaço para palavras de graça, palavras que edifiquem aqueles que nos ouvem (Ef 4.29). Com certeza, quando maldizemos, a ninguém edificamos, a ninguém ajudamos. Apenas contaminamos os que estão ao nosso redor e a nós mesmos. Que nenhuma raiz de amargura brotando, vos perturbe e por ela muitos se contaminem. (Hebreus 12.15).

Se metade de nossas palavras de maledicência tivesse sido usada para oração ou para leitura das Escrituras, nossa vida certamente seria muito mais abençoada e frutífera. Na maioria das vezes, perdemos a chance de ficar calados. Até o tolo quando se cala, é considerado um sábio, diz Provérbios (Provérbios 17.28). Nossa maledicência já destruiu ou contaminou mais vidas do que imaginamos, inclusive a nossa.

Precisamos ser fortes em Deus para interromper o fluxo da maledicência entre os nossos irmãos mais próximos. Quando alguém começa a falar mal de outros, nossa tendência é dar vazão, emendar com nossas observações e alimentar ainda mais rancores e mágoas. Quem começou a crítica à mulher do vaso de alabastro foi Judas Iscariotes (João 12.4-6). Depois os outros continuaram (Mateus 26.8, 9) pelo que foram repreendidos por Jesus.

Temos usado muito mal nossos lábios. Temos produzido frutos amargos e corruptos. Somos dignos da mais severa repreensão de Jesus. Precisamos nos arrepender dessa maledicência e pedir misericórdia e graça para vencer esse tão terrível pecado de nossas vidas.

Coloca, SENHOR, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios. Não permitas que o meu coração nem que eu me envolva em práticas perversas com os malfeitores. Que eu nunca participe dos seus banquetes! (Salmo 141.3,4)